domingo, 12 de setembro de 2010

#37 Live and let live

Aos poucos ele caminhou até a beira do lago. Olhou bem o seu reflexo e viu que ainda era jovem e tinha um coração que parecia mais um livro aberto. Percebeu que devia “viver e deixar viver”. Se acostumou a dizer isso. Mas aos poucos o mundo foi pegando ele de surpresa, com suas constantes mudanças. Aos poucos o valente garoto se rendeu às tristezas e acabou derramando lágrimas pelo seu caminho.
Mas foi naquele dia que sentiu o poder das águas – tão onipresente, tão autosuficiente, tão independente. Um milhão de sentidos tomaram conta de seu corpo. Fez-se o entendimento. Ninguém é capaz de amar mais do que a si mesmo. Foi se fechando, que ele foi capaz de enxergar o mundo real.

Novos caminhos surgem entre os velhos acordes.

O mesmo sol ainda brilha, o vento ainda sopra e o tempo passa em cada volta dos ponteiros do relógio...

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