quinta-feira, 28 de julho de 2011

#137 Perfect Strangers

Você é capaz de lembrar o meu nome?! – indagou Peter. Lilly Star conseguia se lembrar de bem mais detalhes que esse. Os momentos que passaram juntos estavam bem vivos; até mesmo a despedida que se aproximava tinha uma cara de “até logo” e não um simples “até qualquer dia, por acaso”. Acima de tudo, Peter James aprendeu a conviver com a ausência – não seria tão difícil superar mais uma.

...e se você algum dia você me encontrar falando com o vento não ache estranho!

I am the echo of your past

domingo, 24 de julho de 2011

#136 Times like these

Sorte no jogo – azar no amor. Duas frases que formam uma só e que ao mesmo tempo não dizem nada! Ambas as condições são relativas, pois a derrota de agora pode virar uma vitória depois e assim por diante. Para Peter James era fácil entender as questões da vida. Tinha muitos amigos e podia sair com eles para cantarolar umas músicas pela madrugada. Podia gritar por aí e chegar em casa rindo que nem bobo. Por outro lado – não se esquecia de que tudo que plantamos hoje se torna a colheita de amanhã. Apesar disso, não se arrependia de nada.

Até as rosas mais novas um dia morrem se não regá-las...

And time can do so much

sexta-feira, 22 de julho de 2011

#135 Piece of my Heart

“Eu realmente precisava ter. Eu realmente precisava disso. Eu realmente tinha que ver. Eu realmente tinha que estar ao seu lado.” Peter esbarrava na sua própria realidade. Embriagado, acabava se confundindo entre conquistas e poucas derrotas. Pra ele parecia significar mais a perda do que a vitória. Precisava aprender, mas não conseguia. Não era fácil admitir que seu futuro querido amigo simplesmente houvesse sumido. Sem ao menos sonhar direito, ele foi separado daquela música perfeita.

Era mais um pedaço arrancado do seu coração...

You know you got it if it makes you feel good.

terça-feira, 19 de julho de 2011

#134 Frustrations

Sem perceber, a ira tomava conta dos seus olhos. O sangue fervilhando pedia uma explosão... por outro lado Peter ainda podia contar até dez. Porque tanta raiva?! Era uma pergunta que martelava seus pensamentos. Algumas frustrações iam ficando acumuladas e era difícil administrar tamanha força. Fazia o melhor que conseguia... chegava pra fazer e não pra tentar. Mas é claro que, às vezes, errava também. Em tempo, tinha que admitir que estava ficando melhor! Um pouco melhor o tempo todo!

O que quer que seja, haveria de ter alguma importância pra você...

Whatever's more important to be - That's the view that you've got to see!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

#133 Unchained Melody

Lembranças de mais de uma década atrás despertam antigos sentimentos em Peter James. Engraçado era ele frente a frente com um passado que não era nem a sombra daquela garota que um dia ele pensou ter amado. O tempo não tinha sido generoso com ela e aplicou todas as conseqüências de uma vida ao extremo. Phoebe Mars mudou a cor dos cabelos e dessa vez parecia mais simpática do que ele conseguia recordar. As coisas se tornaram tão abstratas que ele nem se importava com mais nada... mas ainda sabia cantar aquela velha música que embalava o sonho dos dois.

Não espere que eu vá voltar pra casa depois da última noite...

Lonely rivers flow to the sea

sexta-feira, 15 de julho de 2011

#132 This Is Where I Came In

Naqueles dias a vida se desenhava de maneiras misteriosas. Tudo tão calmo e ao mesmo tempo com tantas emoções. Certa vez ele sonhou ser um cavaleiro implacável o qual não podia ser derrotado por nenhuma arma desse mundo. Tudo durou até o dia em que uma feiticeira passou por sua vida derrubando aquele castelo de cartas – levou consigo seu coração e parte de seus sonhos. Pois é, as fantasias de Peter James iam além das peças de tabuleiro que ele cansou de brincar quando era menor...

Às vezes era bom pegar sua biografia e ler antigas anotações...

I don't have no time to be a decent lover

quarta-feira, 13 de julho de 2011

#131 Chaos and Creation

Ding-dong Ding-dong Ding-dong… fazia o piano e a marcha ia se estendendo por toda sala. O sargento ia conduzindo sua tropa de metais e percussões. Peter James e Rusty Sparks podiam dar vida a qualquer loucura naquela viagem musical. Entre risadas e latidos do pequeno Billy Shears eles sabiam que suas notas soavam diferentes quando juntavam seus talentos – ali estava chave do mistério. Peter sempre lembraria daqueles dias. Enganavam-se os que achavam que mesmo depois de tanto tempo ele se esqueceria daquelas músicas.

Não precisa se esforçar muito para criar um sonho - ou dois.

There is a fine line between chaos and creation...

domingo, 10 de julho de 2011

#130 Getting Better

Aqueles traços iam tomando forma no seu pensamento e a música parecia transbordar pelos dedos. Aquele violão tinha várias histórias a serem contadas, bem como suas velhas cordas vocais... ah sim! Muita vivacidade vinha daquele canto de celebração. Era maravilhoso comemorar um dia normal; mesmo quando alguma alegria era arrancada daquele jovem garoto. Peter era muito maior que aquelas falsas impressões. Fácil transparecer a espontaneidade em cada ato, difícil é convencer o público da verdade deles.

Ele podia ir para o lugar que quisesse...

You can do anything you want to do

sexta-feira, 8 de julho de 2011

#129 ...Empty Spaces

“Quer saber?! Não estou nem aí!”, disse Peter para si mesmo, olhando fixo no seu próprio rosto refletido no espelho. A vontade de partir as paredes no meio foi embora... Era complicado resolver alguns problemas, mas quando finalmente conseguia sempre aparecia um novo para irritá-lo. Talvez nunca fosse experimentar uma felicidade plena; vai ver por isso que ele não conseguia se lembrar de ninguém que usasse disso. A todo caso nunca fez diferença pra ele – continuava cantando mesmo desafinado!

Não mereciam nem que eu juntasse letras pra formar palavras, que dirá uma história...

Your own, personal, Jesus…Someone to hear your prayers, Someone who cares.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

#128 All the Lonely People...

“Só peço que se entregue, porque eu estou te levando comigo para bem longe”. Nada era real e nada do que foi dito haveria de ser... Peter achava que sua história era triste; mas olhe bem para aquelas pessoas solitárias. Todos os sozinhos, de onde é que eles vieram e até onde eles irão?! Foi refletindo no vazio que ele conheceu Eleanor Rigby. Para ela, nada era pior que ver as pessoas queridas partirem e saber que algum dia não sobraria mais ninguém pra chorar sua falta. A garota ia ficando mais velha e ainda assim era difícil enxergar um futuro. Era difícil sorrir quando a vontade de chorar atropelava sua própria voz.

Enquanto isso, Peter podia ser quem ele quisesse...

A little better all the time (It can't get more worse).

segunda-feira, 4 de julho de 2011

#127 P.S. I Hate You

Chegava mais uma metade de ano. Peter ia ficando mais velho, ele sempre se sentia renovado quando ia ficando perto do seu aniversário. Ao contrário das pessoas que acreditam no inferno astral, ele acreditava no recomeço. É como se entrasse numa nova fase a cada ano. O inverno estava presente e ele adorava sentir o frio por cima dos seus casacos. Era gostoso parar no relento, ouvindo música e olhar pro céu vazio. A angústia chegava a pequenas gotas, mas nada que fosse maior que a sua alegria de ser independente. Quiseram transformar ele num astro que nem eu sabia que era. Tentaram colocar roupas diferentes das que ele usava. Tentaram mudar as suas idéias e atitudes. Mas disse muito bem – TENTARAM!

Era um erro acreditar que ele escolheria entre si mesmo e outra pessoa.

I always followed my heart, and I never missed a beat