segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

#79 A Little Less Conversation

Ele sabia bem que as palavras uma hora acabam e mais cedo ou mais tarde começam a repetir os mesmos sentimentos. Mas no fundo, ele sabia que bastava renovar o amor. Nos gestos, nos carinhos. Peter não precisava ser perfeito. Ele só precisava fazer o que tinha que ser feito. Idealizar menos e aproveitar mais. A vida de Peter era na verdade feita de opostos. Ele tinha se acostumado a fazer tudo ao contrário. Com June ele aprendeu a usar as roupas do lado certo.


Porque planejar se o inesperado é sempre bem melhor?!


A little less conversation, a little more action please

sábado, 29 de janeiro de 2011

#78 Sorry my Mistake

Sabe aqueles dias em que tudo está indo bem... você se levanta da cama e já pisa com o pé direito. Abre a janela e o sol invade seu quarto. Encontra a bela garota te esperando. Mas aí alguma coisa dá vira todo o jogo. Nada mais parece dar certo. Pois é, Peter experimentou mais um dia desses. Esse é um daqueles momentos que não adianta falar das outras pessoas, porque tudo parece que vem de você mesmo. Erros sobre erros que vão virando uma bola de neve. Ele gritou, mas ninguém escutou.


O que devo fazer para que o mundo me ouça?


Hey Jude, don’t make it bad… take a sad song and make it better.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

#77 Letters

Peter sorriu. Peter chorou. Já sentiu que não fazia parte de nenhum lugar. Já pensou que estava completamente sozinho. Mas sabia que não. Todo mundo sofre, todos perdem... todo mundo se alegra, todos vencem. Ele passou muito tempo longe de June. Mas as cartas ainda serviam para alguma coisa. Ele rabiscava as folhas e as jogava pela janela. A esperança era de que o vento levasse tudo pra bem longe. Ele queria ajudar as pessoas. Suas frases tinham que servir para alguma coisa. Um dia viu que todas as suas palavras foram parar debaixo da sua própria cama.


Eu escrevo achando que vou salvar alguém, mas tudo isso acaba servindo pra mim mesmo.


Nowhere man, the world is at your command

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

#76 I wanna hold your hand

Alguns dias se passaram e Peter permanecia em silêncio. Sem saber ao certo o que dizer ou para onde andar. Nem sempre é tão fácil quanto parece. Peter James sabia que não bastava fazer o melhor, tinha que fazer mágica; dessa mágica ele fez aparecer carícias que envolveram June novamente. Por um instante ela enxergou os olhos dele e agiu como achou que deveria agir. Os lábios se colaram em um abraço leve - porém aprisionador. Naquele momento eles se esqueceram dos dias em que choraram por causa de outros amores. Apenas curtiram. Ele podia sentir suas mãos se tocarem.


Senti que você estava dentro da minha canção.


You’re here today.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

#75 God only knows

Apesar de Peter nem conhecer Roger Rox, ele o invejava por ter conseguido encontrar o amor ao lado de Lilly Star. Mas o que mais importava para o herói era saber que a felicidade estava no ar; e não um ciuminho bobo que parecia rolar. Apesar de querer muito, Peter sabia que seria difícil ele deixar de ser sozinho. No fundo não esquecia Mary Engel. Tentava se envolver mais com June, mas a cada dia que passava ela se afastava mais dele. Na verdade, a paixão o tornava um louco desamparado. As carícias desesperadas tomavam conta de Peter e cada afago se tornava um novo amor.

Querendo ou não, todos nós temos o tempo certo para escolher.

You try to make a difference but no one wants to listen.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

#74 I gotta tell you

Preso entre quatro paredes, Peter sabia que não era tão forte assim. Mais que ninguém, ele sabia que tinha medos e temores. Podia escondê-los, mas não controlá-los. Dia após dia prometia a si mesmo que sairia daquele labirinto. Por mais que tentasse, ele sempre dava algum passo errado. A perfeição era inatingível. Um cancioneiro chamado John McLear era quem inspirava um pouco de esperança no coração de Peter. As músicas traziam bem mais que simples versos. Era de poesia que ele precisava agora.

As necessidades mudam de acordo com as situações.

Não só de amor viverá o homem, de poesia também.

sábado, 15 de janeiro de 2011

#73 Lilly in love

Lilly Star estava apreenssiva. Todos os dias escrevia uma carta para Peter, as quais nunca recebiam respostas. Era muito fácil para Peter se lamentar, mas ele mesmo era tão mortal e estava a mercê de muitos erros como qualquer outra pessoa. Ele não era perfeito. Lilly cansou de esperar e foi buscar sua felicidade em outros lugares. Descobriu um jardim no fundo de sua casa e começou a cultivar flores. Rosas tão belas quanto cada um de seus extravagantes vestidos estampados. Lilly olhou para o lado e conheceu Roger Rox. Foi com ele que ela casou. Foi morar em um farol na beira do mar.

Você pode enxergar a realidade da maneira que bem entender.

Ela só queria se satisfazer com respostas.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

#72 From me to you

Não tenha medo de deixar um pouco pra mim, Mary Engel. Se deixar, eu cuido de tudo pra você. Quanto mais for verdadeira comigo, mais eu poderei te amar. Esses versos tão amassados e rasgados que você conhece bem talvez nem façam mais efeito; mas eu continuo cantando e cantando. Sabe por quê? Na Cidade dos Corações Partidos nós aprendemos a esquecer, mas enxergamos a cada esquina que as lembranças nunca partem pra sempre. Se eu dissesse que eu não quero lembrar de nenhuma tristeza e que só me importa dizer que te amo - o que você diria, Mary Engel?

Você até pode comprar um sonho ou dois, mas o que resta é um coração cheio de lágrimas.

Something in the way she knows and all I have to do is think of her...

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

#71 Dance tonight

Passou-se mais um ano e Peter estava cansado de viver sempre as mesmas histórias. Resolveu levar a Princesa Michelle para dar uma volta. Dançaram juntos até o cair da noite. Ele sentia que ela era dona de algo que o prendia. Michelle tinha a senha para chegar ao inconsciente de Peter. Era muito fácil seduzi-lo tendo um olhar azul como a cor do mar. Mas Michelle era bem mais do que uma bela dama; ela sabia dar a atenção que Peter precisava. Sabia quais palavras devia falar e os momentos que devia dizer e quando devia ouvir. Ele não precisava de nada, só atenção.

Peter só dançaria com sua princesa Michelle até o amanhecer.

Os sonhos acabam quando toca o alarme de um novo dia

domingo, 9 de janeiro de 2011

#70 Michelle, ma belle

Não se sabia ao certo o ano. Princess Heaven já não era mais uma pequena garota. Mas a família de Peter ainda era próxima. Tinha tudo o que queria, mas sentia a falta de Mary Engel; que não via há muito tempo. Conheceu Michelle - a misteriosa princesa de Pepperland. Foi durante uma das tardes que passava sozinho olhando o mar. Eram as palavras ditas de forma leve que prenderam Peter entre os lábios desta garota de olhos claros, cabelos longos e elegância sem igual. Aos poucos foi perdendo os sentidos e ambos se renderam entres braços e abraços...

Um punhado de palavras são suficientes pra te deixar sem ar.

I need you, I want you, I love you!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

#69 You don't know?!

- O que te faz pensar que é tão especial? Porque tão séria? - perguntava Peter. Era difícil saber. Mary Engel guardava dentro de si uma felicidade medida em atitudes efêmeras. Esqueceu-se dos dias em que sorria de verdade e não guardava mágoas. Era um tipo de solidão que se resumia a ela.

- O que importa de verdade para você? O que você quer de mim? - perguntava Mary. Ele não queria nada. As coisas que Peter precisava para ser feliz eram tão pequenas e simples que ele aprendeu a desistir de ser normal. Tentou ser feliz.

As pessoas nunca mudam, elas só esquecem de algumas lembranças.

Não sabia ou preferia não saber que era amor.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

#68 Girls on the run

A história de Peter James poderia ser como a de qualquer outro garoto de sua idade, mas não era. Ele não era nenhum super-herói, mas algumas vezes ele percebeu que tinha poderes. Tinha ótimos dias e sorria; assim como também acordava mal e queria chutar a própria sombra. Não conseguia controlar o tempo, nem a natureza; mas sabia bem conquistar tudo o que precisava. Foi acostumado a ver o tempo passar, mas nunca ficou esperando o futuro virar presente. Perdeu tantos livros, mas sempre teve as palavras certas perto dele. Viu a banda lhe abandonar, mas a música nunca fugiu dele. Viu tantas garotas irem embora, mas nunca viu o amor morrer.

Você ganha ou perde, é um risco que todos correm.

In my life I'll love you more.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

#67 I've just seen you face

...sentou-se no alto do prédio. Conseguia ver ao longe o horizonte, começava a clarear. Era o primeiro dia de um novo ano. Ele esperou o nascer do dia, mas o sol resolveu não acordar. Por outro lado, uma leve chuva chegou e lavou sua alma. Peter não precisava de mais nada, sabia que tinha tudo a satisfação na palma da mão. Sabia ainda de tantas outras coisas e pode lembrar o dia e o lugar onde viu pela primeira vez aquele rosto. June Flowers fez Peter não esquecer de nada e juntos deram boas risadas. Viram que talvez fossem feitos um para o outro.

Ele não devia esconder o amor dentro das próprias palavras.

I will say the only words I know that you'll understand